2 de nov. de 2008

poemas 2 a cruz de cristo santifica,esse tipo de olhar


Temas: JESUS

A Cruz de Cristo santifica

Olhando para uma imagem,
Vi duas linhas quase iguais,
Uma vertical, outra horizontal.
Galhos cruzados em unidade,
Uma figura especial.

Verticalmente como que
Se alguém me visse,
Querendo falar alguma palavra.
Já horizontalmente como que
Quisesse abraçar-me,
Certamente perdoar-me.
Quanta humildade e bondade!

Sempre mais aproximando-se
Ouvi uma voz que dizia:
Se você quer me seguir,
Terei um grande prazer;
Abrace a cruz com amor e carregue,
Os dois formatos do viver.

Lágrimas escorreram-me na face
Com fato tão comovente.
Aquela estátua recordou-me Jesus
Que bastante sofreu inocente.
Creio que Ele é o cajinho
Que nos leva para o Pai
Em comunhão com o Espírito Santo.
É porta, luz, verdade, vida e paz.

Continuei com os olhos fixos,
Fiquei minutos contrito, observando,
Sem nenhuma idolatria.
Confiante posso afirmar
Que no lenho da misericórdia
Tem um valioso nome.
Felizes os que procedem
Como amigos do glorioso
Madeiro de Jesus Cristo.
São chuvas de bênçãos tudo isso.

Percebi naquela escultura
O Messias desfigurado,
Convidando à conversão.
Ele nos quer ao seu lado
Para na graça vivermos,
Agora e no eterno chamado.

Cheguei à convicção de que
Não há perdão sem cruz.
Ela é um ideal modo
De se chegar ao Mestre Jesus.
Oh, que madeira de árvore nobre!
Nela o pecado absolve-se.

O lenho foi um instrumento
De suplício, dor e morte.
Mas com o sangue e água
Que o bom Jesus derramou,
O mesmo se santificou.
E em vida se tornou.
Da santa cruz veio a remissão
Para os que crêem na redenção.

O crucifixo nos lembra Cristo
Que para apagar nossos pecados
Carregou enorme peso
Em direção ao Calvário.
Repleto só de ternura
Seu coração é formado.

É baluarte, é vitória,
Da sagrada cruz ter ressurgido a luz.
Por isso dela me aproximo,
Venerando-a com fervoroso estímulo.
É um sublime e benéfico símbolo.
Acredito que foi num madeiro
Que doou-nos a vida Javé,
Entregando-nos o Seu predileto Filho.

Jesus, com divino, não morreu,
Pois é Deus de eternidade.
Expirou apenas a sua natureza humana,
Mas ressuscitou, está claro;
Trazendo para nós a certeza
De que seremos ressuscitados.
A Sagrada Escritura e a fé
Nos revelam evidentes verdades.

Os dois traços são alianças,
Nos dois riscos há penhor.
Jamais poderia ser indiferente
A preciosa cruz, marca de plenitude,
Honradez, glória e amor;
Onde Cristo Jesus
Concedeu-nos os sacramentos
Como salvíficos alimentos.
Esperançosos e assíduos nas orações,
Não nos faltarão talentos.

No altar da eucaristia,
A mesa amável da partilha
Ele continua presente, doando-se
Com sua solidária abnegação,
De maneira incruenta.
Exemplo que para nós deixou.
Há alguém que mais amou?


de Jurandir de Barros e Silva
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Esse tipo de olhar

Eu preciso encontrar algum rumo, uma estrada, a saída, no olhar...
O escape, uma luz!
O caminho, Jesus...

Na verdade encontrei;

Uma vez... uma vez...
Talvez duas ou três.

Porém isso não basta!

Quero muito beber...sim me embebedar do amor desse olhar!
Navegar, flutuar...
E planar, levitar...

Como já levitei...
Como já flutuei.

Sim, eu quero de novo!

Eu me apaixonei por candura... doçura... ternura... alma pura...
Que advém do amor
Só do meu Salvador.

Oh, como é embriagar-se no encanto que há nesse tipo de olhar;
É o céu, é o mel!
É da noiva, o véu;

Ele salva, redime,
E ele alcança, não cansa!

Eu preciso encontrar novamente, em minha frente; eu estou tão carente...
Desse tipo de olhar...

Rosely T. Sales
19/04/2008