ÁGUAS VIVAS 2
Antologia de Poesia Evangélica
Rui Miguel Duarte
Sammis Reachers
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Organização de Sammis Reachers
VALE DA SOMBRA DA MORTE
“Perguntou-lhe Simão Pedro: «Para onde vais, Senhor?» Jesus respondeu-lhe: «Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas hás-de seguir-me mais tarde.»”
Evangelho segundo João 13:36 (versão A Bíblia para todos)
Não podes, querido amigo, seguir-me agora sabes, tenho uma estrada diante de mim que tu não conheces pés nenhuns foram nela ainda experimentados o couro de sandálias nenhumas nas suas pedras jamais se gastou
Não podes, querido amigo, seguir-me agora sabes, tenho uma estrada diante de mim que tu não conheces pés nenhuns foram nela ainda experimentados o couro de sandálias nenhumas nas suas pedras jamais se gastou
Querido amigo, o céu aqui não é de açucenas os penedos são gigantes espessos ao passarmos rente a eles acendem um véu negro no rosto do abismo o chão não é de pétalas mas tem arestas é pontiagudo como pregos que não descansam o sangue
Sei que nele há um vale da sombra é todo o céu e toda a terra
em peso sobre a minha cabeça
sombra da morte mais temível do que a própria morte
esse vale foi moldado à forma rósea do meu corpo o meu sangue foi-lhe desde a Eternidade prometido poderei eu estancá-lo?
Só eu, querido amigo só eu posso atravessá-lo
deixa-me ir, querido amigo, até à outra fímbria do vale
lá as águas dos riachos têm a cor do sol então ao meu chamado
virás dirás que vens da minha parte
e no prado dos teus olhos desenrolar-se-á, até o perderes de vista, o verde
18/03/10
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Só eu, querido amigo só eu posso atravessá-lo
deixa-me ir, querido amigo, até à outra fímbria do vale
lá as águas dos riachos têm a cor do sol então ao meu chamado
virás dirás que vens da minha parte.
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